segunda-feira, 1 de junho de 2009

Criadores tentam salvar animais em fazendas inundadas no AM


Manaus - Criadores de gado dos municípios de Iranduba, Careiro da Várzea e Careiro Castanho, no Amazonas, tentam salvar os rebanhos que estão em terras alagadas pela cheia do rio Solimões. Os produtores que não conseguiram retirar o rebanho das terras usaram estruturas suspensas, chamadas de maromba, para que os animais não morram afogados ou por doenças causadas pela água da enchente."O maior problema deste tipo de estrutura é a desnutrição, porque os alimentos ficam escassos e deixa o gado mais propenso a doenças", afirmou o médico-veterinário Tarcísio Fabiano, do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Amazonas (Idam).
Estrutura de madeira foi construída para guardar o gado em Careiro da Várzea (AM). Foto: Arnoldo Santos/ Terra
O criador Raimundo Guedes construiu uma maromba para abrigar 38 cabeças de gado que não conseguiu levar para campo seco. "Eu não tenho condições de pagar aluguel de pasto. E quem aluga só quer saber do dinheiro no final do mês, não se importa se a gente perde (gado) ou não", disse o criador.No município do Careiro da Várzea, no rio Solimões, a fábrica de laticínios que é mantida pela Cooperativa de Produtores do Careiro foi fechada por falta de produção. "Os fornecedores foram embora, tiveram de levar o gado para terra firme. Nós desativamos equipamentos, dispensamos funcionários e tivemos que parar", diz João Bosco Guedes, presidente da cooperativa, que disse ainda que, na época de produção, a fábrica chega a produzir 6 t de queijo por mês.Na região do Paraná do Cambixe, os agricultores tentam salvar a renda familiar com viveiros suspensos. "O que plantamos no chão, a gente já perdeu. Só nos resta esta produção aqui das hortas suspensas. E falta um palmo e meio para a água subir. Se a água chegar, perdemos tudo", disse o agricultor Nonato Duarte. A família ainda cria cerca de 500 unidades do peixe tambaqui. Mas a água atingiu os reservatórios e o jeito foi proteger os criatórios com cerca de madeira, arame farpado e uma tela de plástico.Tudo está quase totalmente submerso e o rio já está com cerca de 1 m de profundidade na área. "Eu venho aqui todas as noites atrás de jacaré. Eles já tentaram entrar e arrancaram as telas. Por isso, tive de colocar arame farpado e a cerca", explica Nonato

Nenhum comentário:

Postar um comentário